sexta-feira, janeiro 12, 2007

Aos poucos vai...



Agueda - Rua Luís de Camões
É como tudo. Devagar, devagarzinho vou ficando mais expedita. Estou aqui estou a escrever e a lincar como os bloggers crescidos!

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Lindo!






O título que dei a esta foto, deve-se, particularmente, ao facto de os protagonistas serem a minha filha e o filho da minha melhor amiga, quase co-irmã, respectivamente, na altura, com três e cinco anos.

Sem que nada o fizesse supor, o menino Francisco "pespega" este terno e apaixonado beijinho na Inês que, sem mais peias, o aceita e o devolve!:)

Não me contive...e tirei-lhes a foto!

Ei-la, pois!:)

quinta-feira, janeiro 04, 2007

O insustentável peso do disparate!:)

Olá,venerável amigo:
Bem, "trocar o genuíno disparate" com quem o entende e lhe dá condiga resposta faz com que o meu ego se eleve, não direi até à sinistra da educação "mailas" suas excrecências lipidinosas (creio que adoraria que fossem libidinosas mas, com um raio, com aquela tromba, nao há líbido que resista. Assim, sem líbido e portadora de semelhante trombil, resta-lhe apenas o lípido. Grande problema este, na justa medida em que esta gordurice - tipo torresmo de suíno, no seu melhor, dado que já cristalizou - enceta uma viagem que se inicia na sua real pata e vai terminar em algo parecido com crânio que lhe encima as omoplatas. É neste momento crucial em que o único neurónio, já esgotado de congeminar tanta imbecilidade, se afoga, sufocado no supracitado lípido. Donde resulta um ser estranho, sem espinha nem osso, cujo género ou espécie desconheço e desejo em vias de extinção. E pergunto-me: será galinha, será gente? E eis que o insight me surge: galinha é certamente, porque a gente não "bate" assim! Fiat Lux! Et lux facta est!), mas - e refiro-me ao meu excelso ego, claro - levante voo, rente às nuvens, rumo ao céu de Cascais.
Pois é, rico, lamento profundamente o meu fado, mas estou na província. Eis por que os meus horizontes visuais se confinam a outros seres, não menos absurdos que a sinistra, algo parecido com ovnis (pelo menos ainda não os consegui identificar) que usam "tatuages" na obscena musculatura que lhes cobre triunfalmente o amado úmero, onde se lê "Angola 73", ou "Amor de mãe", ou " Vanessa Andreia" (sendo que Priscila Marlene também serve perfeita e convenientemente) ou ainda (BALHAMEDEUS!) a singela palavra EdÉn (e NUNCA Éden, porque EdÉn tem muito mais categoria. Deve ser isto que eles "éden" de pensar!). Têm sempre a unha do dedo mindinho, da delicada manápula, em crescimento contínuo, que lhes serve na perfeição para proceder à limpeza conveniente e pública da cera do ouvido. Do pescoço taurino escorrega-lhes uma corrente potente de oiro maciço, de onde pende a placa, não menos maciça, com a indicação do seu grupo sanguíneo. O avantajado pulso é adornado por uma pulseira do mesmo precioso metal, com a inscrição do seu nome de baptismo. Nos delicados pés, a bela bota texana, aí número 48, com biqueira que aponta filosoficamente para o infinito. E por fim (ufa, estes seres têm fim?!!!!) envergam sempre ( mas SEMPRE mesmo!) a eterna Tshirt, de decote em bico ( ou em "vico", como lhes apraz dizer), de manga convenientemente caveada, não vá escafeder o EdÉn ou ocultar-se o orgulhoso músculo.
Eis este o Inverno do meu descontentamento (aliás, Steinbeck dedicou-me, expressamente, este livro) e resta-me aguardar, em frémitos, a Primavera da minha alegria.
Tenho ainda, para agravar o meu triste fado, as "vizinhas da ira" (este já não me foi dedicado pelo supracitado autor). Isto a avaliar pelos guinchos, próximos do verdadeiro urro de guerra, que ouço no andar de cima.
O que me valeu foi o facto do Hemingway ter aparecido cá em casa para ver, como de costume, a telenovela, acompanhando-a de um copo de tinto e da bela patanisca de bacalhau. Irritado com semelhante escarcéu, foi à janela, botou o trombil de fora e gritou às vizinhas da ira:
- Digam adeus às armas e calem-se, porra!
Deu resultado: CALARAM-SE! Hemingway é grande, graças a Deus!
Este tal Hemingway é um velho amigo, bom moçoilo, com o corpo cheio de próstatas e algum défice cognitivo (ligeiro, ligeiro...o défice, claro!). Mas dá-me um enorme jeitaço porque tem umas mãozinhas de oiro e não há persiana emperrada, torneira que verta ou azulejo que escache, que o hominho não saiba pôr em ordem. Na verdade, na sua cédula consta, como nome de baptismo, Mingualdo Joel. Com a sedimentação da nossa amizade, comecei a apelidá-lo, fraternal e carinhosamente de "Ming". Nome pequeno, assim tipo "simplesmente Maria"! Mas, como é surdo que nem um penedo e pitosga como um repolho, lá tenho eu que o chamar aos berros ( quiçá, urros!) quando o vejo do outro lado da rua:
- Eh. Ming, uuueeeeeiiiiiiii!
Olha, gostou! Mudou o nome e adora que lhe chamem Hemingway. Como esteve emigrado nas Américas e por lá ganhou a vida a fazer as curvas das bananas, deve ter entendido que era um nome digno dos "states" e que lhe dava "status"(seja lá o que isso for!).
Vou num instantinho intervalar estas palavrinhas que te deixo. É que "ela" cai como o caraças e tenho que ir apanhar os trapinhos estendidos no estendal. Bem...e, agora, morre de inveja! Tenho um estendal totalmente vanguardista, todo ele vermelho e negro, que o Ming me trouxe de presente dos states porque ele sabe que eu sou uma moçoila muito limpinha e que trato muito bem os trapos (aliás, a superlativa alegria da minha vida!Não passo sem eles!). Por influências do Ming, passei a chamar-lhe sthendal. Ora diz lá que não é finérrimo exclamar em alto clamor:
- ó, mor, espera um pouco que vou pendurar os trapos encharcados no sthendal. Óspois, podemos ir ambos os dois juntos de trol ao shop. O Ming inté vem com nós!
Menino, estou lacrimejante, dilacerada, desalmada...o meu sthendal vermelho e negro partiu-se todo com o vendaval e ficou sem conserto. Ora porra!E acredita, foi o meu sthendal e eu. Também fiquei sem conserto quando me lembrei, hoje, que tinha esquecido de ir ao concerto da Floribela, para o qual comprei bilhete há seis meses, não fosse perder tão cultural evento (ou será invento???!!!Desculpa, fiquei atordoadinha de todo...tudo por causa do meu sthendal!)
Enfim, sem concerto e sem conserto, resta-me a novela, o Ming, o copo de tinto e as pataniscas. Haja saúdinha! Sempre fui de opinião que mais vale rica e com saúde do que pobre e doentinha!
"Portantos", para terminar, preciso da finesse, admito! É a única forma que tenho de me tornar a genuína Tia. De não ser somente Li, mas Xanocas, Tecas, Pituxa, Licas, Bebecas ou o raio que me parta...condição "sine qua non" para ser a verdadeira Tia!
E "prontos", resta-me despedir-me. Com veijos velos e vrilhantes, claro está, que eu sou uma moçoila provinciana mas de boas maneiras.